Sobre mim
Sou a Carmen Velosa
Formadora & Consultora
Nasci numa terra em que o tempo era sempre maior do que a vida, e o amanhã era sempre muito mais tarde. As ilhas trazem-nos sempre uma liberdade maior do que as fronteiras que o mar nos dá! A vida cresce para além dos limites do horizonte, permitindo-nos sonhar mais longe.
Entretanto fiz-me gente grande e saí da ilha pequena!
Concluí o secundário e candidatei-me à Universidade de Coimbra, não havia Plano A (muito menos B), no boletim, apenas uma opção; Engª Civil. Desde o 9º ano que a construção civil tinha virado opção na escola.
O que eu mais gostava era saber que as coisas podiam resolver-se metendo as mãos na massa. Extremamente prática e racional, na minha cabeça, não havia lugar para divagações nem grandes interrogações. Tudo se fazia, bastava encontrar a ferramenta correta, aprender, planear e executar.
E, apesar do acaso por vezes nos surpreender (e que fique já registado que eu não acredito no acaso), é sempre mais fácil alcançar o sucesso se souberes estabelecer as tuas métricas, analisar os padrões existentes ou mobilizar os recursos de uma forma consciente…. E isto é a vida real!
Ainda no meu 3º ano da Faculdade fui convidada para ingressar num gabinete de engenharia (que por algum motivo no nome tinha a palavra Guerra ) onde me incumbiram de dar formação externa (orçamentos, Autocad ….)! A vida começava a agitar-se, pensava eu! Como é que vou dar formação em algo que pouco domino??? A resposta era fácil; primeiro aprendes, depois ensinas!
Recém-licenciada comecei por ensinar futuros engenheiros num Instituto Politécnico. Saíam profissionais formados, sem saber como planear, gerir, controlar, executar – porque isso não fazia parte do programa de ensino. A minha frustração era engolida pela felicidade deles.
Meia gente dizia eu; agora tinham de ir aprender a ser completos, percorrer o seu caminho, tal como cada um de nós tem de fazer em um momento das nossas vidas.
Saí do ensino e fui para a frente de batalha, para onde as obras nascem (tantas vezes me chamaram louca; o super emprego na função pública como professora no ensino superior). E a partir daí comecei a aprender, a mexer, a fazer, a procurar a maneira de rentabilizar todos os meus conhecimentos e capacidades, e acima de tudo, aprendi a aprender sozinha! E que batalha que foi!
Andei nos carris com a linha de alta velocidade, a correr entre rodas fiz autoestradas, sem meter água lá cheguei às barragens e, a voar alto, cheguei aos aeroportos. Entre uns e outros tenho feito todo o tipo de obras.
Mas deixei de conseguir partilhar o que sabia, o que aprendia ou descobria! Não eram essas as minhas funções (esquece, diziam-me os meus colegas), não era esse o meu tempo, dizia eu!
E esse tempo, que foi encurtando um bocadinho em cada dia, deixou de ser suficiente, não só para o meu “hobby” de ensinar, mas para o meu “hobby” de ser gente!
Não havia mais tempo por onde me virar, mas havia maneira de mudar as coisas.
A gota de água caiu em forma de proposta irrecusável (em plena crise financeira do início da década 2010 em que toda a gente tremia por estabilidade); uma obra fantástica, 5 ou 6 anos garantidos, um cargo merecido …. A 2 horas de viagem (para cada lado) de casa, e da família. Nem tudo é perfeito.
Poucos dias depois apresentei a minha carta de demissão. Alguém me perguntou em surdina; “Sabes o que estás a fazer?” Sabia (e sabia) tão bem!
E a formação, que vinha sendo uma linha paralela na minha vida profissional, passou a ser a linha mestra.
A partir daí comecei a desenhar o meu caminho naquilo que eu gosto de fazer; ensinar e empoderar todos os que procuram desenvolver as suas capacidades na valorização pessoal e profissional, usando as melhores ferramentas para obter os melhores resultados.
Na verdade, por vezes, a melhor ferramenta pode ser apenas um martelo para destruir as crenças que nós temos de que não somos capazes, não temos os conhecimentos suficientes, não temos a confiança necessária! “Não é para mim”!
Mas mesmo aqui, eu ensino-te qual o melhor tipo de martelo que deves usar